sábado, 26 de janeiro de 2008

construir auto-estradas com 4 vias?

E eis que quando começava a escrever este post, oiço a notícia de que a ponte Vasco da Gama vai ser aumentada de seis para oito vias!!!! Viva a inteligência!!!!!

E agora a argumentação…

Há alguns anos, muitos até, estive nos EUA e os gajos tinham auto-estradas com quatro vias em cada sentido!!!!!! Pensei para mim, como eram inteligentes! Nós só temos AE com duas vias, o que não ajuda o tráfego.
Passados uns anos, muitos aliás, iniciam-se obras de alargamento nalguns troços. Pensei que tinham visto as AE americanas e também iam alargar para quatro vias em cada sentido…errado. Vamos alargar mas apenas para seis vias, três em cada sentido, o que me fez pensar que até nem estava mau, iria beneficiar o trânsito na mesma.
Não fosse tratar-se de Portugal, e até podia ser que resultasse, mas no nosso país, como todos sabemos, as leis não são para cumprir. São para desrespeitar, mas com que as autoridades não descubram!!!!
O que acontece em Portugal, e apesar do código da estrada o estipular no ponto 1 do art. 14º, “ sempre que, no mesmo sentido, sejam possíveis duas ou mais filas de trânsito, este deve-se fazer pela via de trânsito mais à direita, podendo, no entanto, utilizar-se outra se não houver lugar naquela e, bem assim, ultrapassar ou mudar de direcção” é que há condutores que, ou não sabem o código, ou querem infringir a lei sem que as autoridades os punam.
Era difícil para alguns cumprir o tal artigo quando só tínhamos AE com duas vias, agora que temos três, deixem-me lá andar descansadinho na do meio, porque não temos trânsito suficiente que ocupe as três vias. O que acontece é que o cumpridor da lei, que circula na via mais à direita, é obrigado a mudar de direcção e atravessar 2 vias, para ultrapassar o veículo que circula na via central sem que esteja a ultrapassar qualquer outro veículo. E diz o código da estrada, no ponto 3 do mesmo artigo, que “quem infringir o disposto nos números anteriores é sancionado com coima de 60 a 300 euros.”
Alguma vez viram a BT mandar encostar um veículo que circula tranquilamente na via central??? Pois eu também não…
E então eu circulo na “via mais à direita” e não tenho nenhum veículo à minha frente, mas tenho um veículo que circula na via central, sem nenhum veículo à sua frente ou à sua direita. Se eu prosseguir a marcha na “via mais à direita”, estou a desrespeitar o ponto 1 do art. 36~, que diz que “a ultrapassagem deve efectuar-se pela esquerda”, o que faz com que seja aplicado o disposto no ponto 2 do mesmo artigo “quem infringir o disposto no número anterior é sancionado com coima de 120 a 600 euros”, e apenas porque estava a cumprir o disposto no ponto 1 do art. 14º do mesmo código!!!
E ainda fico mais escandalizado, quando oiço um senhor da rádio dizer que circulava descansadinho a 80 km/h na via central da 2º circular que é a velocidade máxima permitida, e um “louco” num camião, perdão, veiculo pesado de transporte de mercadorias, o ultrapassou pela direita. Pois se o senhor circulasse na “via mais à direita” como manda a lei, era provável que o veiculo pesado de mercadorias o ultrapassasse pela esquerda, agora, parece-me a mim que ter de atravessar duas vias para depois da ultrapassagem voltar a atravessar as mesmas duas vias é uma manobra mais perigosa do que apenas circular na via mais à direita.
Na minha modesta opinião, se fossem espalhados pelas AE do nosso país a imagem abaixo, os condutores dos veículos que circulam na via central se sentissem retratados, e passassem a cumprir o código da estrada. Já agora, a BT também podia abrir a pestana, porque não são só bovinos que circulam por essas AE do nosso Portugal.
Obrigado e boa tarde…

Será que se tivéssemos AE À americana, os veículos iriam circular sobre o traço que separa a 2ª e 3ª via? Acho que era possível, só por uma questão de segurança…

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

E eis que é chegado o grande momento. Passados tantos anos do início da blogmania, parece chegado o momento de me aventurar nestes caminhos, criando o meu próprio blog. O título poderá parecer pouco original, mas resulta da minha admiração por esse grande comunicador e humorista da nossa praça (nunca percebi onde fica essa praça, nem a quem pertence, mas diz que é comum utilizar o termo) que é o Nuno Markl. Não querendo causar polémica nem aproveitar o seu nome, sou grande fã da rubrica “Livro dos Porquês” e por vezes dou comigo em pensamentos vagos sobre o porquê de várias situações do dia-a-dia. Alguns mais filosóficos, outros apenas inteligentes, outros mesmo parvos (na maior parte das vezes). Tentarei portanto responder a um porquê em cada post, ou até vários, não prometendo que sejam diários, uma vez que como expliquei anteriormente, são pensamentos que surgem de situações, podendo ou não merecer a minha parva reflexão.

O porquê de hoje, o 1º portanto, é:

Porquê inaugurar este blog no dia 24 de Janeiro?

Quando acontece algo negativo ou positivo nas nossas vidas, passamos muito tempo a pensar no porquê disso nos ter acontecido. Dependendo dos acontecimentos, e destes serem positivos ou negativos, podemos pensar muito ou pouco, racional ou irracionalmente, inteligente ou estupidamente. Para alguém como eu, que tem a mania de estar sempre a pensar em tudo e mais alguma coisa, o que se torna irritante, pois também é necessário descansar o tico e o teco de quando em vez, passei o último ano, e continuo ainda, a pensar no porquê de amarmos uma pessoa que já não está entre nós. E dirá muita gente: este gajo só pode ser parvo porque isto não é pensamento que se tenha uma vez que qualquer ser humano ama alguém que não está entre nós. E a essa gente eu respondo que sim senhor, acontece a toda a gente, amar um avô, um tio, um pai, um irmão, um primo, um amigo que já não está no nosso Mundo. E porque amamos essas pessoas com quem já não convivemos há muitos anos? Porque nos continuamos a lembrar do tempo em que estávamos juntos, em que ríamos, chorávamos, conversávamos, discutíamos, escutávamos, aprendíamos, divertíamo-nos. Lembramo-nos dos momentos e de tudo o que nos fez amar esse alguém, e ao pensarmos que esse alguém ainda existe e partilha connosco todos os momentos da nossa vida, nem que seja em pensamento, sentimos que podemos continuar a amar como o fazíamos na sua presença.
O facto deste blog ser inaugurado no dia 24 de Janeiro, prende-se com o 1º aniversário da partida da minha Princesa. Desde esse dia, todos os momentos que vivi foram partilhados não só por quem está presente, mas também por ela, no meu pensamento. Quando riu sei que ela também se ri do mesmo que eu, quando vejo algo que gosto sei que ela também gosta do mesmo, quando oiço uma música sei que ela também gosta do que ouve. E é nesses momentos que sinto ainda mais que ela está comigo, nem que seja no meu pensamento…
P.S.-Aceitam-se sugestões de porquês, às quais tentarei responder...