quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

...prendas de Natal?

Sou CONTRA!!! E entro logo assim a matar porque fico irritado com o consumismo de Natal. Passo a explicar…
Primeiro, a história de dar prendas remonta há 2008 anos (sim 2008 porque só faz 2009 no dia 6 de Janeiro) e não ao dia do nascimento do Menino mas ao dia em que os Reis Magos chegaram ao pé do menino com os presentes: Ouro, Incenso e Mirra.
E logo aqui começo a ficar irritado, pois tem de ser dada razão aos espanhóis (e o que isso me custa)! É que os ‘nuestros hermanos’ e muito bem, só abrem os presentes no dia dos Reis, com toda a lógica, pois os presentes só foram oferecidos no dia 6 de Janeiro.
Seguidamente passamos à parte do consumismo, derivado do capitalismo. Época de Natal, o povinho tem ‘obrigação’ de comprar presentes para oferecer na noite de Natal e vai daí, toma lá com preços de época alta em tudo e mais um par de botas (esta parte é pior para quem pretende oferendar calçado). Mesmo andando tudo com o “ai a crise, não consigo pagar as prestações das minhas 3 casas e dos meus 6 carros…”, “ai que o Ministro é muito mauzinho para nós…”, os centros comerciais estão todos ‘à pinha’ (e com isto não quero dizer que andem a apanhar pinhas para acender as lareiras nas noites frias de inverno) e é ver o povinho cheio de sacos e mais sacos, gastando o que têm e o que não têm, o que podem e não podem, tudo para poderem ter qualquer coisa para oferecer na noite de Natal, porque se não oferecerem nada ‘parece mal’.
Esta é a coisa que mais me irrita, mas infelizmente está enraizada na nossa sociedade. O ‘parece mal’ dá-me vontade de esbofetear as pessoas que dizem ‘parece mal’. As coisas são como são e não como parecem. Se uma pessoa não pode andar p’rai a comprar presentes, não tem de se sentir mal por não o fazer, nem sentir-se na obrigação de o fazer só porque é Natal e porque fica bem. Pior do que isso, é que a maior parte das pessoas, para não ‘parecer mal’, conseguem gastar dinheiro em coisas desnecessárias e inúteis, em que a pessoa que recebe o presente sabe à partida que não necessita nem vai dar uso. E depois essas pessoas que recebem o presente, para não ‘parecer mal’, põem a cara de quem gostou muito e dizem que aquele presente vai ser bastante útil. Caros amigos, sei que a hipocrisia está instalada na nossa sociedade, mas temos de a contrariar. Em relação à ‘hipocrisia natalícia’ eu faço a minha parte. Não dou prendas de Natal. Quando as pessoas necessitam compro e ofereço, seja em que altura do ano for. Não digo que eu é que esteja certo ou a proceder bem, simplesmente é assim que me sinto bem. Não peço prendas no Natal, aceito as que me oferecem, mas fico chateado quando perdem tempo e dinheiro para me oferecerem uma coisa de que não necessito e não tenho pudor algum em dizer que não gostei, para que no ano seguinte já não tenham essa preocupação, assim como também enfatizo a oferta quando acho que é um presente útil. E por isso, deixo-vos aqui o presente que elegi como mais original, surpreendente e útil (foto abaixo). Assim, quando o sr. Polícia, depois de mandar encostar a viatura e pedir os meus documentos e os da viatura, perguntar se ingeri bebidas alcoólicas, tiro o meu etilómetro digital do porta-luvas e digo: “poupo-lhe uma boquilha que já tratei disso antes de iniciar a marcha”. Pode ser que assim até me safe…sem gastar pilhas! Bem-haja e um Feliz Natal.

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